Rapunzel nos Contos da D. Carochinha

Sinopse
Dona Carochinha, personagem criada por Monteiro Lobato, é a responsável por manter todos os personagens dos contos de fadas reunidos e preservados em seu baú, porém Rapunzel e o Príncipe Encantado querem fugir para contar sua história para que não seja esquecida e aí inicia essa perseguição, mas para complicar ainda mais um personagem vilão também quer estar na trama e eis que surge a sedutora e malvada Madrasta da Branca de Neve. Nesta reunião de personagens representam a história do casal “Encantado”.  Uma divertida e envolvente peça, com muito colorido e aventura!

Ficha Tecnica
Direção, cenário e figurino – Nilceu Bernardo.
Dramaturgia – Cia Atos & Cenas
Elenco – Leda Fernandes, Marina Ronque, Ana Rivas e Rodolfo Braga.
Duração- 50 minutos
Indicação- a partir de 5 anos

O que é Conto da Carochinha:
“Carochinha”, herança que recebemos de Portugal, se aplica a diversos sentidos, entre os quais nos interessa hoje o de ‘baratinha’.

O termo “carochinha”, atrelado à imagem de “uma velha bondosa e afável a distrair os pequenos com suas narrativas feéricas”, foi introduzido no nosso folclore através da obra Histórias da Carochinha, um livro com uma coleção de textos oriundos da tradição oral, organizada por Figueiredo Pimentel e que veio a ser o primeiro livro infantil publicado no Brasil, no final do séc. XIX para acalentar as crianças.

Relevância Artística 
De início a a Carochinha foi a velha bondosa que trazia para as crianças os contos  que estavam na boca do povo, depois Monteiro Lobato, talvez o maior representante do gênero, em Reinações de Narizinho retrata “carochinha” como “uma velha baratinha de mantilha, sempre enfezada e mal-humorada com os personagens de suas histórias, pois esses estão fugindo dos seus livros”. E assim ficou popularizada em nosso folclore a “D. Baratinha”. 

Nesta montagem teatral para contar um conto clássico, nos dias de hoje mais conhecido pelos filmes da Disney, mistura mais uma figura do mal, que não é temida pela D. Carochinha e se torna a madrinha de Rapunzel na encenação que realizam, para que o público conheça a original contadora das histórias infantis no Brasil e também não se esqueçam que as histórias precisam ser contadas para não serem esquecidas.

Objetivos
Trazer para as crianças, jovens e pais a importância da literatura e da arte, de forma prazerosa para o cotidiano. Usando do lúdico como forma de entender conflitos de relações sociais e emocionais que são presentes na vida contemporânea e nos contos de encantamento, principalmente na primeira infância e depois passando para estruturas ainda mais elaboraradas, mas destacando a qualidade dos clássicos como ferramenta de ampliação de repertórios para essas circunstâncias.

Concepção Artístico
Os cenários, figurinos, trilha sonora e iluminação tem o desafio de transportar os expectadores para o universo mágico de encantamento. As cores, estilos das vestimentas tem como missão o estímulo para um mergulho num universo extra cotidiano, onde tudo pode acontecer, incluindo a intervenção da plateia quando Rapunzel e o Príncipe Encantado só podem se livrar de um encantamento enviado pela madrasta da Branca de Neve, com uma palavra mágica vinda da plateia, que atendem de imediato, já mostrando a empatia que estão tendo com os personagens e com o desejo de que a história seja contada. Um baú é também, além das cortinas de veludos e brocados um portal para os personagens e suas tramas, trazendo de forma concreta a possibilidade destes circularem por vários mundos.

Público
Para o público de todas as idades, a peça é um refrigério da rotina,  é um estímulo de se aventurar nas tramas que a vida proporciona diariamente e dela tirar o seu melhor, sentir que o tempo pode ser um elemento de amadurecimento para ainda melhor desfrutar de seus objetivos e sonhos.

Fotos por Thiago Cardinali